Estilo de vida minimalista: entenda o que é e como adotá-lo
A busca por uma vivência com mais significado, geralmente, vem acompanhada de uma vida minimalista, isto é, com menos propriedades e mais experiências. Há quem faça uma mudança radical e largue tudo, e há pessoas que se adaptam aos poucos a esse estilo de vida. Em todos os casos, esse processo envolve várias etapas.
Se deseja conhecer mais sobre o minimalismo, este texto é pra você. Continue a leitura e descubra todas as vantagens de adotar uma vivência mais leve, simples e feliz.
O que é o minimalismo?
Você já ouviu falar sobre o estilo de vida minimalista? Estamos falando de alguém que decidiu priorizar o que é simples e elementar, buscando o mínimo possível de meios e recursos pra viver. O conceito de “menos é mais” defende que a felicidade não vem dos bens materiais. Em vez disso, busca-se uma vida com propósito.
Essa filosofia ganhou popularidade com produções audiovisuais, como a produção Minimalismo: um documentário sobre as coisas importantes, disponível na plataforma de streaming Netflix. Também, pelo fato de personalidades influentes adotarem o estilo de vida, como o bilionário Mark Zuckerberg, fundador e CEO do Facebook.
De acordo com o minimalismo, é possível encontrar mais bem-estar e satisfação pessoal quando mantemos apenas o que é essencial pra cada um de nós. Assim, eliminando qualquer aspecto desnecessário, podemos focar o que realmente importa, e ter vivências com mais profundidade.
A simplificação dos hábitos e pertences retira tudo o que é superficial e transitório, e abre caminho pra experiências com valor e profundidade. Dentre as principais atitudes que o estilo de vida minimalista sugere, estão a prática do consumo consciente, a reorganização das finanças e a criação de uma poupança.
Quer saber como funciona, na prática? Veja o tópico a seguir.
O que é ter uma vida minimalista?
O minimalismo é facilmente aplicado no dia a dia, em diversas áreas: vestuário, alimentação, decoração, equipamentos eletrônicos, finanças, lazer, entre outras. A ideia é viver com mais simplicidade e liberdade, reaproveitando o que for possível pra causar o menor impacto a partir desse consumo.
Por exemplo, em vez de pedir um delivery, que tal ver o que tem na geladeira e usar a criatividade pra fazer um prato diferente? Ou fazer uma consulta no seu guarda-roupa e separar as peças que você não usa há mais de dois anos pra doação?
Vale lembrar que cada indivíduo tem as suas particularidades, e não necessariamente o que funciona pra um vai dar certo para o outro. Não existe um padrão, nem o que é correto ou errado no minimalismo. Na verdade, cada indivíduo tem a sua própria medida pra redução, reuso e desapego.
Pra entender melhor, basta pensar que o minimalismo é o oposto da cultura do consumismo. Pra essa filosofia, a felicidade não se compra na prateleira de uma loja, mas está na possibilidade de viver com maior envolvimento ao que realmente importa pra nós.
O minimalismo consiste em observar o que é relevante e em eliminar o que não for necessário, incentiva a gastar mais em experiências do que em objetos. E esse processo é permanente: o minimalista está sempre deixando de lado o que está sobrando.
Com isso, abre-se um espaço na sua vida e, consequentemente, mais liberdade. Ao simplificar a vivência e minimizar posses, sua mente vai rejeitar distrações, e será direcionada para o que realmente importa, proporcionando mais felicidade.
Como adotar esse estilo de vida?
Primeiro, você precisa entender que minimalismo não é ter uma única camiseta, um par de calças e viver em uma casa vazia. Na verdade, a proposta é identificar o que importa e tem significado pra você, e eliminar o resto.
À medida em que você cortar as sobras que está carregando sem necessidade e fizer uma limpeza na sua vida, verá que não precisa de muitas coisas e sentirá uma leveza. É uma forma de construir liberdade pra si mesmo. No fim, você entenderá que o menos vai significar mais.
Como começar a praticar o minimalismo?
Agora que você entende melhor o conceito e como ele funciona na prática, confira algumas iniciativas pra adotar uma vida minimalista.
Pratique o desapego
Se você já assistiu à série “Ordem na casa”, da organizadora japonesa Marie Kondo, deve ser lembrar dos episódios em que ela retira todos os itens do guarda-roupas e os coloca em cima da cama. Esse ato é importante pra você visualizar quantas peças de roupas e acessórios possui.
Ao verificar um por um, você tem a oportunidade de observar aqueles itens que não são usados há muito tempo (há um ou dois anos, por exemplo). Normalmente, deixamos de descartar esses itens apenas por apego, mesmo que não haja mais utilidade no dia a dia. Por isso, avalie se eles ainda têm utilidade e se podem ter um destino melhor, como doações pra pessoas necessitadas.
Mas calma, isso não significa que você precisa se desfazer de tudo. Comece pelos objetos menos importantes e, por eliminação, você chegará àqueles que realmente merecem um espaço na sua vida. Um exemplo disso são os itens que carregam um significado emocional, que trazem lembranças e têm um valor afetivo.
Organize a casa e o escritório
Você se lembra da sensação de tranquilidade e satisfação ao finalizar uma faxina ou após lavar uma pia cheia de louças? Isso se repete a cada vez que você pratica o minimalismo.
Escolha um dia da semana pra organizar o seu local de trabalho e a sua casa. Depois, dê o check semanal na sua agenda quando isso acontecer. Procure deixar o espaço o mais agradável e funcional possível.
Com isso, além de manter uma periodicidade de organização e limpeza, você vai encontrar vários itens que podem receber um novo destino com mais utilidade: doação, realocação ou o próprio descarte. Aos poucos, você será alimentado pela recompensa da sensação de leveza e se sentirá motivado a manter o processo.
Invista mais em qualidade e menos em quantidade
Até aqui, você deve ter percebido que há vantagens em desapegar e se desfazer de objetos antigos, mas também deve se questionar sobre os seus itens atuais e avaliar as suas compras daqui pra frente. É preciso inverter a mentalidade de consumo e adotar o lema “qualidade, antes de quantidade”.
Avalie o que possui e evite o acúmulo de inúmeras peças, foque o essencial. E antes de sair às compras, reflita sobre o que realmente é necessário e adquira apenas aquilo que terá significado pra sua vida.
Um exemplo simples: sabe quando você sai de casa com o objetivo de comprar um sapato? Após várias voltas em lojas, você acaba sentindo a tentação de comprar algo de que não precisa no momento, mas que está em promoção. Você pensa: “é a minha chance, vale a pena, porque vou economizar”. Mas será que é verdade ou você está apenas criando uma nova necessidade com base no anúncio?
Se o objetivo era um sapato, por que voltar pra casa com um boné, duas camisas e um óculos? E mais: opte pelo item que você gostou de verdade, e sabe que será usado e aproveitado ao máximo. Isso reduz as chances de arrependimento pós-compra e o acúmulo de itens desnecessários.
Como é ser minimalista?
O conceito de acumular menos tem o objetivo de proporcionar mais liberdade, leveza e simplicidade à vida. Não se trata de uma competição pra eleger aquele quem tem menos posses, mas sim, de uma prática constante de pensar no coletivo e na sustentabilidade.
Apesar de todas as suas vantagens, só deve ser seguido se fizer sentido na sua vida. Não adianta adotar o minimalismo e ele ser um fardo pra você, concorda?
Uma opção pra não realizar uma mudança brusca ou radical é usar algumas práticas em momentos ou lugares específicos. Se funcionar, ótimo. Aos poucos, você pode inserir essa filosofia em outras áreas e até adotá-la como um estilo de vida.
Se não funcionar, não tem problema. A sua vida pode seguir normalmente, porém, com mais consciência sobre o consumo — o que já é um grande avanço.
Se você reduz de um lado, por outro, ganha. Focando o que realmente é importante, você terá uma oportunidade de guardar dinheiro. Esse investimento poderá ser utilizado futuramente de diferentes formas. Mas, pra isso, é importante ter disciplina pra investir e diversificar as fontes.
Dessa forma, você cria uma reserva pra emergências ou pode utilizar pra realizar aquisições importantes ou investir em experiências, como férias, cursos ou ano sabático. O melhor de tudo é a liberdade financeira que você vai conquistar com essa prática.
Pra adotar o minimalismo nas suas finanças, consulte profissionais especializados em planejamento financeiro. Há uma infinidade de investimentos a curto, médio e longo prazo, com diferentes formas de captação e resgate. Certamente, você encontrará um modelo que se encaixa perfeitamente com as suas necessidades e objetivos.
Quais as características desse estilo de vida?
O minimalismo é caracterizado por uma vida com menos coisas, menos atividades e menos gastos. Em contrapartida, proporciona mais qualidade de vida, mais plenitude, mais diversão e mais felicidade. Se você experimentar algumas mudanças nas suas escolhas, durante uma semana, vai perceber como a sua vida será mais simples, leve e funcional.
Quais as vantagens do minimalismo?
O minimalismo traz benefícios pessoais e coletivos. Confira alguns deles, a seguir.
Economia
Ao optar pelo consumo consciente, você evita uma série de despesas desnecessárias. Suas compras serão mais inteligentes, o que permite mais economia no final do mês e até o crescimento mais acelerado do seu patrimônio.
Com isso, suas finanças vão sair do vermelho e seu saldo será positivo, o que vai motivar novos investimentos pra serem usados futuramente, com consciência e necessidades reais.
Liberdade
Pense bem: quanto menos posses você tem, mais fácil será uma possível mudança. Até a escolha de roupa pra sair será mais fácil com um guarda-roupas funcional e reduzido.
Dessa forma, você perderá menos tempo em pequenas escolhas e poderá usar o tempo livre para o que realmente você precisa e vai trazer felicidade. Essa liberdade é traduzida em uma frase do documentário Minimalismo: “ame pessoas. Use coisas. O oposto nunca dá certo”.
Organização
Se você sai de casa com uma mochila cheia de pertences, poderá levar mais tempo pra encontrar determinado item, concorda? Mas se você vai com apenas a carteira, um guarda-chuva, uma necessaire e um livro, levará menos tempo pra encontrar qualquer um desses itens.
Ter poucos e essenciais itens na mochila torna a sua rotina mais fácil e organizada. Você ganha mais chances de saber onde está cada pertence, além de manter facilmente a limpeza e organização. Como bônus, você recebe uma economia de tempo.
Consciência ambiental
Quando você reduz o consumo de diversos itens, o descarte deles se torna mais lento. Assim, você aumenta a vida útil dos seus pertences e também causa menos danos ao meio ambiente. Essa atitude carrega uma preocupação com o coletivo e com o planeta em que vivemos. Todos ganham com isso.
Foco em experiências
Que tal ter menos e ser mais? Com o minimalismo, você passa a diminuir posses e a acumular experiências. Isto é, você terá o essencial de bens materiais e infinitas memórias significativas ao longo dos anos.
Contribuição
Ao desapegar de algo, faça a economia circular. Doe peças de roupas pra instituições de caridade e presenteie amigos com objetos que terão mais utilidade com eles do que com você. Uma das grandes vantagens do minimalismo é viver em sociedade, colaborar com bem-estar coletivo.
Como você viu, a pessoa que adota o minimalismo vive mais leve e feliz. Ela aprende a fazer escolhas mais inteligentes e que vão beneficiar tanto elas mesmas quanto a sociedade, de uma forma geral. Tanto as escolhas pessoais quanto as profissionais são mais bem aproveitadas. Até as finanças são transformadas pela vida minimalista, deu pra perceber?
E você, consegue se imaginar praticando tudo o que viu por aqui sobre o minimalismo? Se você gostou deste conteúdo e quer aprender mais sobre investimentos pra começar a pensar na prática do desapego, confira como o rendimento de poupança funciona.