Índices econômicos: quais são os principais e como eles influenciam sua vida financeira?

Tire todas as suas dúvidas sobre índices financeiros!
Por Equipe do Banco24Horas
14/07/2021
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Pra quem quer cuidar melhor do seu dinheiro, conhecer mais sobre o mercado financeiro é fundamental. Agora, calma! Isso não significa entender tudo o que envolve o setor, mas ficar por dentro de alguns conceitos e processos mais importantes. Um bom exemplo é analisar os índices econômicos.

Não estamos falando apenas pra quem tem o interesse em começar a investir, por exemplo, já que os índices econômicos influenciam também muitas ações e atividades do dia a dia. Do preço do aluguel até o impacto no valor de alimentos comuns na rotina do brasileiro, como arroz e feijão. E por mais que pareçam confusos, muitos desses indicadores são mais simples de ser entendidos do você que imagina.

O que acha, então, de conferir um guia completo sobre índices econômicos pra saber como eles influenciam a sua vida financeira? Reunimos tudo o que é mais relevante sobre o assunto em um único lugar!

Preparado pra saber de uma vez por todas o que significa cada um desses termos e tomar decisões financeiras ainda mais certas? Continue a leitura deste artigo e descubra!

O que são índices econômicos?

Antes de conhecer cada um deles, é preciso saber o que são os índices econômicos, não é mesmo? Não poderia ser mais simples: são informações que mostram o que está acontecendo ou vai acontecer na economia de um país. As informações se referem aos mais diferentes cenários e atividades que, de alguma forma, causam algum impacto na economia como um todo.

Como definir objetivos financeiros sem saber o que está acontecendo ao seu redor? Assim como você administra as contas da sua casa ou da sua empresa, isso também é feito com as finanças de um país.

Mas como essas decisões influenciam a vida de tantas pessoas, os índices econômicos são utilizados pra criar uma comunicação mais direta sobre o que está acontecendo economicamente. Os indicadores também fazem referência ao direcionamento da política econômica.

Taxas mais baixas de juros, por exemplo, representam um incentivo ao mercado pra que mais empreendedores e empresas busquem por empréstimos pra ampliar os seus negócios. A ideia é oferecer essas melhores condições de pagamento pra estimular a tomada de crédito.

Ao mesmo tempo, os índices econômicos apresentam um recorte do cenário que o país está vivendo. Uma alta taxa de desemprego significa que a economia na região não está tão aquecida. Empresas estão com poucos recursos disponíveis e precisam realizar cortes pra se manterem ativas. Já o nível de inadimplência mostra um mercado pouco atrativo aos comerciantes.

Sendo assim, os índices econômicos são parte fundamental da economia de qualquer país, seja pra entender o que está acontecendo e encontrar oportunidades, seja pra analisar o que pode acontecer no futuro e se preparar da melhor forma. Esses indicadores fornecem informações valiosas, não só pra instituições financeiras ou profissionais, mas pra empresas de várias áreas e qualquer pessoa que queira cuidar melhor do seu dinheiro.

Qual é a importância de acompanhar esses índices?

Mas se eles parecem tão complicados e distantes da realidade da rotina de trabalho, por que ficar de olho? É muito simples: na verdade, todas as siglas, taxas e nomenclaturas estão mais próximas do seu dia a dia do que você imagina.

Basta uma mudança em um desses indicadores pra que seja mais fácil, por exemplo, conseguir crédito no banco pra investir na sua empresa. Ao mesmo tempo, uma taxa alta de inadimplência pode significar um momento não tão positivo pra iniciar um negócio.

Como colocar tanto dinheiro em uma empresa que, talvez, tenha que lidar com clientes com muitas dívidas? As chances de vender mais são maiores ou menores? Infelizmente, a segunda opção, e um pouco mais de cautela é necessária antes de tomar uma decisão.

Imagine que você decidiu começar um negócio próprio e abriu um pequeno comércio. Além de todos os cuidados com a gestão da loja virtual em si, é preciso avaliar os fatores que fazem parte do cenário econômico.

Afinal, você vai precisar de um local pra abrir o estabelecimento, não é mesmo? O aluguel pode variar de acordo com o IGP-M. Precisa comprar alguns itens pra abrir a sua loja, mas não tem tanto dinheiro em caixa? A alta na taxa de juros pode tornar o seu investimento final mais alto.

Por que não pegar um empréstimo no banco com condições melhores pra pagamento e ampliar o seu negócio? Os principais acontecimentos do mercado financeiro vão impactar diretamente o desempenho do seu negócio.

Além disso, conhecer os índices pode te ajudar muito a entender mais sobre o mercado e saber como usar melhor o seu dinheiro. Seja pra planejar o futuro, seja pra entender o cenário atual, os indicadores devem fazer parte do seu dia a dia. Mas se você acha complicado os termos e ainda não sabe muito bem o que cada uma das taxas significa, chegou a hora de tirar essas dúvidas.

Quais os principais índices e seus impactos no mercado?

Então, vamos ao que realmente interessa? Listamos os principais índices econômicos e detalhamos como cada um deles influencia não apenas o seu dinheiro, mas as decisões cotidianas também. Confira!

Selic

Você provavelmente nunca vai ler uma notícia ou ter uma conversa em que se fale sobre o Sistema Especial de Liquidação e Custódia. Mas não se engane: é só unir as iniciais e formar a sigla Selic pra que ela ganhe muita importância no seu dia a dia.

Outra forma muito comum que ela aparece é como taxa básica de juros, já que é utilizada pelo governo pra recompensar quem investe em títulos públicos. O nome dado não é em vão: a Selic é utilizada como referência pra definir outras taxas usadas por bancos e instituições financeiras.

Ou seja, quando a Selic sofre um aumento — que pode acontecer a cada 45 dias nas revisões realizadas pelo Banco Central —, os juros pra pegar um empréstimo, por exemplo, também vão aumentar. O movimento pode ser de queda, alta ou manutenção do valor.

A Selic também impacta diretamente a rentabilidade dos investimentos de renda fixa, como a poupança, sempre acompanhando a alta ou baixa do índice. O dinheiro guardado no banco, então, pode render mais ou menos, de acordo com uma mudança na Selic. Esse talvez seja o indicador mais relevante pra quem quer começar a se aprofundar nos detalhes do mercado financeiro.

TR

Outro componente importante é a TR, mais conhecida como taxa referencial. Ela também é um indicador utilizado como comparativo pra outras métricas e taxas usadas no mercado financeiro. Como o nome indica, é usada como referência, e o seu maior impacto é sobre investimentos e aplicações. Aliás, é o complemento da Selic pra definir o rendimento da poupança, por exemplo.

Mais um motivo pra acompanhar a TR: a influência no FGTS, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. Pra se ter uma ideia, o cálculo é o seguinte: 3% ao ano, mais o valor da TR.

Atualmente, a taxa está em 0%, mas já esteve em 2,16%, em 2016, o que representava um rendimento maior do dinheiro no FGTS. O uso é comum também nos financiamentos imobiliários oferecidos pelas principais instituições bancárias do país, que usam a TR como referência pra calcular os juros.

IPCA

Quando se fala em impacto direto ao consumidor, o IPCA, Índice de Preços ao Consumidor Amplo, é a métrica que você deve ficar de olho. O indicador conversa com a inflação no país, ou seja, representa a variação dos preços que foram repassados para os consumidores finais.

O impacto acontece nas mais diferentes áreas, como os gastos com alimentação, educação ou até saúde. O IPCA também é muito importante pra quem vai realizar investimentos em renda fixa.

Muitas aplicações no mercado usam o indicador como referência pra definir a taxa de rendimento. Ou seja, é a certeza de que o seu dinheiro vai sempre render acima da inflação. Na prática, isso significa que você não vai perder dinheiro ao deixá-lo parado no banco ou instituição financeira.

IGP-M

Ainda continuando nos impactos diretos no dia a dia de consumidores e empresas, o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) é muito importante. São feitos cálculos ao longo de um mês — entre os dias 21 e 20 — pra entender a variação dos itens mais básicos aos mais complexos.

Assim como legumes e frutas são analisados no processo, os valores de aluguéis, transporte e condomínio também são verificados. Imagine que você ou a sua empresa esteja procurando um local pra alugar. O preço dos anúncios não é definido de qualquer forma, existe um padrão pra ser seguido.

Um dos indicadores utilizados pra encontrar um preço justo é o IGP-M. Se foi registrada uma variação significativa de alta desse item, a tendência também é de aumento do valor a ser cobrado de quem quiser se tornar inquilino.

INPC

O INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) não tem um impacto no mercado de investimentos, por exemplo, mas é um indicador interessante pra ter uma noção mais clara do mercado. A taxa é avaliada mensalmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) pra acompanhar o custo de vida médio da população no Brasil.

O seu uso é muito comum pra entender o cenário financeiro das famílias que ganham entre um e cinco salários mínimos. A partir do cálculo, é possível saber um pouco mais sobre o custo de vida dessa parte da população. Em relação à aplicação do índice no mercado, o INPC é um componente utilizado em negociações trabalhistas, principalmente, entre sindicatos e empresas.

INCC

Saindo um pouco do mercado do dia a dia, o INCC (Índice Nacional de Custo de Construção) tem um forte impacto sobre o setor imobiliário e também na área da construção civil. Todos os meses, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) faz uma avaliação geral do setor pra calcular qual foi a variação nos custos dos materiais necessários para as construções habitacionais.

Do valor da mão de obra utilizada pra construir um prédio até os gastos com os equipamentos e materiais pra tirar o projeto do papel, todos esses indicadores são considerados na conta feita pela FGV. O valor final é utilizado, especialmente, nas negociações de imóveis financiados ainda na planta, já que existe uma variação no valor desses insumos do momento da compra até a hora da entrega do edifício.

Dólar

Apesar de falarmos das políticas e índices econômicos no Brasil, as moedas estrangeiras também afetam o mercado interno, principalmente, o dólar. A moeda dos Estados Unidos é utilizada como referência em todo o mundo, sendo muito comum na realização de transações entre empresas de diferentes países. Torna-se, assim, diretamente ligada ao setor de exportação e importação.

Uma empresa que trabalha com a venda de produtos importados, por exemplo, é fortemente impactada pela variação no câmbio. Caso o dólar aumente, o seu custo também vai ser maior e, por isso, vai ser necessário reajustar o valor repassado ao consumidor. Isso pode representar uma queda nas vendas, já que o mesmo item vai ter um custo mais alto.

Ao mesmo tempo, o aumento do dólar pode ser excelente pra mercados exportadores, como o setor agrícola, que vende boa parte das suas produções para os países no exterior, inclusive os Estados Unidos. Na prática, isso significa que a maior parte dos custos — em reais — continuou intacta, mas a vendas tiveram um aumento significativo.

PIB

Outra sigla muito comum e importante dentro da economia é o PIB, o Produto Interno Bruto. Na prática, a métrica representa todos os bens e serviços que foram produzidos pelo país em determinado período. O objetivo é criar um panorama sobre a economia nacional, avaliando se o cenário é positivo, negativo, com tendência de crescimento ou não.

Tudo o que foi vendido ao consumidor final em forma de produto ou serviço e o que o setor agropecuário negociou no período é avaliado no cálculo do PIB. A partir do panorama construído, é possível identificar, por exemplo, se o melhor a se fazer é investir ou não.

Um PIB abaixo do esperado é um sinal de alerta pra quem planeja fazer investimentos muito altos. Apesar de cada área ter as suas características e particularidades, em geral, um PIB alto significa um cenário positivo pra economia como um todo.

Afinal, representa uma maior circulação de dinheiro, bens, serviços e, consequentemente, um aumento do consumo no país. Quando os números do PIB são satisfatórios, a tendência é que a economia também esteja bem.

Como eles podem afetar a saúde financeira?

Ainda não ficou claro como os índices econômicos são fundamentais e impactam a rotina de todas as pessoas, inclusive, as empresas? Pra você não ficar mais com essa dúvida, separamos os impactos mais diretos no seu negócio.

Ritmo das atividades econômicas

Os índices econômicos servem não apenas pra avaliar o momento atual, mas a tendência para os próximos meses, por exemplo. Eles podem servir, portanto, pra entender o ritmo das atividades econômicas. O PIB elevado indica que a economia está aquecida, com consumidores dispostos a investir os seus recursos na compra de bens e serviços.

Imagine que uma pessoa decide juntar os seus investimentos e começar um negócio próprio. Qual é o sentido de fazer isso em um cenário em que a Selic está alta e o PIB está baixo?

Talvez seja melhor deixar o dinheiro rendendo juros atrativos, enquanto aguarda por uma recuperação da economia. Apostar todas as fichas em um momento ruim no cenário econômico pode aumentar os riscos envolvidos.

Importação e exportação de produtos

A conta pode ser simples, como o valor em dólar de um software pra gestão do seu estoque. A alta do dólar pode tornar a ferramenta mais cara para o seu plano financeiro.

Ao mesmo tempo, a mudança no câmbio pode afetar uma empresa que trabalha com exportação e/ou importação de produtos. O que pode significar ganhos ou perdas consideráveis, de acordo com o volume da movimentação econômica.

Monitorar a variação do câmbio também se torna essencial, permitindo que a sua empresa saiba o exato momento de aumentar ou reduzir certas ações. O dólar está em uma tendência de alta? Talvez seja melhor comprar o mesmo produto fabricado no Brasil. Como é um mercado com muitas variações, é fundamental ficar de olho no que está acontecendo.

Custos fixos da companhia

Além dos impactos em operações mais amplas do mercado, os índices econômicos podem influenciar no dia a dia também. Seja pra uma empresa, seja pra uma pessoa física, o aluguel de um escritório ou residência pode ser maior ou menor, de acordo com a mudança do IGP-M. A próxima renegociação pode ser mais complexa.

A ideia é ficar atento aos indicadores e entender quais são as tendências. Ao perceber que o valor está crescendo, pode ser o momento de fazer uma proposta antecipada de renovação para o locatário, assegurando que os valores no futuro não sejam um impeditivo pra que a empresa se mantenha no local.

Consumo médio da população

A forma como a população está se comportando é outro exemplo do que deve ser feito. Se os números são negativos, até mesmo as suas estratégias devem ser outras, criando promoções e ofertas, por exemplo.

Dados como o IGP-M são importantes de ser monitorados. Um estabelecimento de alimentação precisa acompanhar os alimentos que estão ficando mais caros ou mais baratos.

Oferta de crédito para a empresa

Especialmente quando se fala na Selic, a variação do índice pode impactar empresas dos mais variados segmentos. A redução constante da taxa básica de juros pode significar oportunidades de negócio pra pessoas físicas ou jurídicas. Pode ser o momento ideal, por exemplo, pra fazer um financiamento imobiliário e garantir condições mais atrativas de pagamento.

Pra uma empresa que está em busca de expansão, a queda da Selic também pode ser interessante. Ao mesmo tempo, isso significa que a renda fixa já não é mais uma alternativa tão atrativa para os recursos que estão parados. Isso pode sugerir a busca por novas alternativas de investimento que protejam o dinheiro e impeçam a desvalorização.

O que fazer pra proteger o dinheiro da desvalorização?

Mesmo conhecendo todos esses indicadores, a desvalorização do dinheiro pode ser um problema grave. O que acha, então, de conferir algumas dicas úteis pra proteger o que você tem guardado?

Renda variável

Quem tem dinheiro guardado e investido na renda fixa deve ficar bastante atento pra não sofrer com a desvalorização. Pra isso, a renda variável é uma opção interessante, apesar de exigir muita cautela.

Especialmente com a queda da taxa Selic, fica cada vez mais atrativo colocar o dinheiro em ações ou aplicações menos conservadoras, o que pode garantir retornos satisfatórios.

Títulos públicos

Lembra-se do que falamos do IPCA um pouco acima? É nesse momento que ele se torna útil para os seus investimentos.

Essa é a melhor maneira de garantir que o seu dinheiro não seja desvalorizado: encontrar aplicações de títulos públicos atrelados ao IPCA. Isso vai assegurar que o rendimento seja sempre maior do que a inflação, além de oferecer a segurança de um investimento em títulos públicos.

Ofertas de renda fixa

A competitividade no mercado financeiro tem crescido muito nos últimos anos, e isso significa mais opções de escolha para o cliente. Na prática, a disputa pode representar mais alternativas interessantes.

Muitas instituições têm oferecido aplicações de renda fixa com valores mais altos do que a Selic, na tentativa de atrair novos clientes. Ficar de olho nesse mercado também pode ser interessante.

Acompanhar de perto os índices econômicos é uma tarefa muito importante pra quem quer sempre o melhor para a sua empresa. Seja pra se preparar e não ser pego de surpresa com uma crise financeira, seja pra encontrar melhores oportunidades e economizar mensalmente ou mesmo fazer investimentos. São muitas as alternativas que podem surgir ao ficar de olho nos principais acontecimentos do mercado financeiro.

Agora que você já sabe tudo sobre os índices econômicos e como eles são fundamentais pra rotina na sua casa ou no seu negócio, o que acha de seguir bem informado sobre outros temas ligados à economia no país? Saiba como funciona a logística de distribuição do dinheiro!

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