Dinheiro em espécie: as vantagens para a economia e sociedade
Entenda como as características do dinheiro impresso o tornam tão importante como método de pagamento e para a educação financeira das pessoas
No quarto artigo da nossa série “Dinheiro em espécie” apresentamos uma análise que identifica os motivos pelo qual o dinheiro impresso é necessário para o aprimoramento da economia e saúde financeira dos consumidores. Nos primeiros textos, entendemos a origem do papel-moeda. Agora, iniciamos conteúdos que vão explorar o uso do dinheiro em espécie na atualidade.
Importância do dinheiro em espécie
Considerando a vasta gama de opções de pagamento disponíveis hoje, incluindo métodos digitais, uma questão relevante surge: será que o dinheiro físico ainda oferece benefícios para a economia e sociedade? Vamos analisar:
Poder de barganha
Independentemente do produto ou serviço, quando se paga em dinheiro vivo, a arte da negociação se torna mais fácil. O potencial comprador pode obter descontos mais atrativos e economizar uma quantia considerável de dinheiro.
Além disso, a empresa vendedora não precisa esperar que a instituição financeira repasse o pagamento. Ela recebe o valor integral, sem precisar lidar com taxas de transação. Assim, o varejista tem uma margem maior para definir preços e oferecer descontos mais generosos ao público.
Controle de gastos
Utilizar dinheiro em espécie ajuda a manter os gastos sob controle. O motivo é simples: o consumidor observa as notas desaparecendo de sua carteira, passando para o poder de outra pessoa.
Esse benefício não é encontrado nos pagamentos com cartão de crédito. Os gastos continuam acumulando e quando o consumidor se dá conta já está afundado em dívidas. Isso acontece especialmente quando o titular do cartão tem um alto limite de crédito.
Por isso, especialistas em educação financeira recomendam fazer compras à vista, em dinheiro. As compras com cartão devem ser mais específicas, envolvendo valores muito altos ou quando o pagamento em dinheiro vivo não é possível. Você pode conferir dicas sobre esse assunto no vídeo “Como controlar os gastos com dinheiro na mão?” que a Nathalia Arcuri, especialista em finanças e fundadora da Me Poupe!, gravou especialmente para o Banco24Horas!
Minimização de imprevistos
Ainda que as novas formas de pagamento ofereçam facilidades, o dinheiro vivo pode ter vantagens sobre elas. Imagine, por exemplo, um consumidor que encontra um produto urgente e com um preço excelente. No entanto, a máquina de cartão está fora do ar ou o estabelecimento não aceita esse método de pagamento.
Outros exemplos são quando o cartão de transporte falha em ônibus, metrô ou trem, ou quando o cartão de alimentação não funciona em um supermercado. Isso pode ocorrer devido ao aspecto tecnológico e eletrônico desses métodos, tornando problemas técnicos uma possibilidade. Nesses casos, o dinheiro em espécie se destaca como uma ótima opção – é uma forma de pagamento aceita por todos os varejistas.
Com essas informações, fica evidente que o dinheiro físico ainda terá uma longa vida. É natural que os métodos de pagamento digitais tentem superar os físicos. No entanto, as gerações mais antigas e menos favorecidas da população levarão algum tempo para confiar plenamente nos meios digitais.
Isso significa que continuaremos a dar prioridade ao dinheiro impresso! Afinal, ele pode ser sentido e guardado no bolso, mostrando com mais clareza as limitações financeiras do consumidor – esse poder educador dificilmente será substituído por outro recurso.
No próximo artigo da nossa série, falaremos sobre a utilização do dinheiro em espécie no Brasil como principal forma de pagamento entre os consumidores. Até lá!
Conheça as publicações anteriores:
EP 1: Dinheiro em espécie: vamos conhecê-lo melhor?
EP 2: Dinheiro em espécie: como surgiu o papel-moeda?
EP 3: Dinheiro em espécie: como o papel-moeda chegou ao Brasil?