Internet das Coisas: como essa nova realidade transformará totalmente sua rotina.
Internet das Coisas: como essa nova realidade transformará totalmente sua rotina
De eletrodomésticos a calçados, veja como essa tecnologia mudará para sempre o dia a dia das pessoas.
Já imaginou fazer sua caminhada matinal quando de repente seu tênis manda uma mensagem para seu celular dizendo quantos passos você deu, quantas calorias perdeu e até qual o seu centro de gravidade e o quanto de peso perdeu? Ou você está muito ocupado para ficar olhando a comida sendo preparada e simplesmente manda comandos para sua panela através de seu celular, definindo a temperatura e tempo de cozimento para ter o almoço perfeito?
Tudo isso já é possível com a internet das coisas, ou “internet of things” (IoT), no original em inglês. O termo surgiu no final da década de noventa com Kevin Ashton, um cientista da computação britânico que procurava convencer executivos da P&G sobre a aplicação de tags de identificação de radiofrequência nos produtos da empresa a fim de melhorar a logística da companhia, oferecendo dados sobre a localidade desses produtos. A ideia não avançou, mas ele foi convidado a trabalhar no MIT, onde criou o laboratório de pesquisa Auto-ID Center que ajudou a popularizar o termo anos mais tarde.
A internet das coisas nada mais é do que a ação de unir cada vez mais o mundo físico ao digital, estabelecendo uma interconexão entre os objetos ao nosso redor com a internet. Desse modo, a troca de dados entre dispositivos e sistemas se torna gradualmente mais integrada, criando assim, uma realidade onde a internet se mostra cada vez mais como uma auxiliadora e facilitadora para as atividades de nosso dia a dia, ao dar aos objetos, novas aplicabilidades que antes não possuíam.
Ao longo dos anos, uma série de tecnologias recentes auxiliaram a internet das coisas a ser colocada cada vez mais em prática. Dentre elas podem ser citadas as plataformas em nuvem, que permitiram a criação de uma estrutura descentralizada com acessos em larga escala, a prática do machine learning, que juntamente com dados armazenados em nuvem, proporcionaram para as empresas novas ideias para soluções e produtos com a internet das coisas integrada, onde estes geram dados para estas mesmas ferramentas de machine learning, gerando um ciclo que se retroalimenta, a democratização da tecnologia de sensores de baixo custo e potência (como a já citada radiofrequência), o aperfeiçoamento da chamada inteligência artificial conversacional que trouxe aos dispositivos com internet das coisas assistentes virtuais (como Alexa e Siri) mais eficientes, com uma comunicação mais humana, natural e pessoal e o aprimoramento da conectividade a partir de uma transferência de dados mais eficiente, que possibilitou uma melhor integração entre todos esses elementos citados.
Contudo, apesar de todas essas contribuições, sem dúvidas a mais importante para a internet das coisas será a chegada da tecnologia do 5G, afinal um dos principais objetivos dela não é de apenas melhorar as taxas de transmissão de dados, mas sim de comportar o aumento dessas conexões, reduzindo o tempo de resposta entre elas e melhorando inclusive a eficiência dos dispositivos, já que não necessitarão da mesma energia que a de antes para funcionarem. Estas mudanças serão basilares para a democratização da internet das coisas, já que com mais conexões, maior cobertura, baixa latência de resposta e baixo consumo energético, os aparelhos terão uma melhor performance e cada vez mais dispositivos poderão ser conectados à internet, dos mais comuns aos mais inusitados.
Geladeiras que listam produtos faltantes e até mesmo fazem compras sozinhas, fechaduras que funcionam por aplicativos e podem ser abertas e trancadas a quilômetros de distância, carros autônomos que tomam o melhor caminho até o destino e compartilham em tempo real informações sobre as condições da estrada e tráfego, camas que podem ser controladas eletronicamente, ajustando-se da melhor forma ao corpo do usuário, oferecendo sistemas anti-ronco e de alarme inteligente e os já citados tênis e panelas são só alguns exemplos do que já é feito e será possível de realizar com a internet das coisas.
Desse modo, não é difícil de imaginar que a internet das coisas se tornará cada vez mais evidente em nosso dia a dia e objetos denominados “smart” serão implementados, usados e comprados progressivamente, se tornando realidade em praticamente todos os âmbitos de nosso cotidiano. De acordo com a Oracle, uma das maiores companhias do ramo de tecnologia do mundo, especialistas estimam que até 2025 haverá mais de de 22 bilhões de dispositivos ligados à internet das coisas e este número muito provavelmente só irá aumentar.
Entretanto, engana-se quem pensa que a internet das coisas terá aplicações somente para os consumidores finais. Ela será fundamental para diversos processos e produtos nos setores industriais, agropecuários, de serviços e até no desenvolvimento de cidades inteiras, auxiliando a cadeia produtiva e de negócios dos mesmos. Na agropecuária, por exemplo, sensores podem medir a qualidade das condições do solo para uma aplicação mais eficiente de fertilizantes e decidir, de forma automatizada, a melhor forma de como plantar, irrigar e colher as culturas de uma lavoura. Também será possível monitorar a saúde de animais de maneira integrada e até prever condições climáticas a fim de compreender qual o local com o clima mais ideal para plantio. Na indústria, a automatização de processos será ainda mais eficaz, sendo as máquinas capazes de ajudarem na parametrização de diversos sistemas complexos, como a indicação de perda de matéria durante a produção, monitoramento de consumo energético, melhorias de segurança, controle de estoque e logística e mais uma série de outros processos.
Já no setor de serviços, um belo exemplo disso são os serviços que o Banco24Horas oferece como o saque digital e o saque no comércio, já que integra dispositivos físicos conectados a uma rede de internet, oferecendo serviços disruptivos que unem cada vez mais o mundo físico e digital, sendo isto, uma das características mais substanciais da internet das coisas. O primeiro diz respeito à possibilidade do usuário de, por meio dos aplicativos bancários instalados nos celulares, gerar códigos que validem os saques, sem a necessidade inserir um cartão no caixa eletrônico. Já o segundo dá a possibilidade ao cliente de sacar dinheiro em estabelecimentos comerciais sem precisar de um caixa eletrônico, através de nosso aplicativo, pela maquininha do cartão ou QRcode.
Com tudo isso exposto, é importante ressaltar que, ao final, o diferencial da internet das coisas não está somente associado à hiperconexão e integração de dispositivos, mas sim a capacidade de auto-aprendizagem que ela executa. Como mencionado anteriormente, outras tecnologias que se alinham com ela, como armazenamento em nuvem, inteligências artificiais e machine learning constroem e transformam constantemente a internet das coisas. Através do compartilhamento de dados de algum produto, (carros por exemplo) conectados à determinada rede IoT, estes são captados e enviados para um sistema em nuvem, onde são analisados e cruzados, buscando melhorar a própria estrutura do produto e da rede IoT que o conecta a outros dispositivos. Desse modo, a internet das coisas já se mostra como uma realidade em nossas vidas há um bom tempo, nos conectando mais profundamente com os aparelhos à nossa volta e transformando a maneira como nos relacionamos com eles e a tendência para o futuro é que isto seja tão comum, que não saberemos mais como é viver num mundo em que não há tamanha revolução tecnológica.